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Alexander Graham Bell (1847-1922)
nasceu na cidade de Edimburgo, na Escócia, no dia 3 de Março de 1847. Foi o segundo dos três filhos do casal Alexander Melville Bell e Eliza Grace Symonds.

É legítimo afirmar que o percurso académico e o engenho inventivo de Graham Bell retratam a influência de uma família com tradição na correção da fala e no ensino de pessoas com deficiência auditiva.


Alexander Melville Bell foi uma reconhecida autoridade em elocução e correcção da voz, tendo dedicado particular atenção às causas dos sons das palavras. A ele se deve a “fala visível”, uma técnica para instrução de surdos-mudos caracterizada por um conjunto de símbolos, cada um representando a exacta posição da boca, dos lábios, da língua e do palato na pronúncia das vogais e das consoantes. Melville Bell é o autor do livro "Dicção ou Elocução Padrão", obra mundialmente reconhecida e que conta hoje com cerca de 200 edições.
Alexander Bell, avô de Graham Bell, foi igualmente um especialista de renome no estudo e tratamento de perturbações da voz e da fala – a foniatria. A sua história é curiosa. Alexander Bell tinha por hábito recitar Shakespeare enquanto consertava sapatos numa oficina em St. Andrews, na Escócia. Este acto continuado transformou-se num exercício constante de melhoria da dicção com o valor exacto para cada palavra, o que viria a justificar uma breve experiência no teatro. A vida no palco levou-o a uma terceira profissão, tornando-se professor de elocução. Realizou várias conferências dramáticas sobre Shakespeare e desenvolveu uma considerável prática no tratamento dos defeitos da fala.

Alexander Graham Bell estudou e graduou-se na Universidade de Edimburgo, onde realizou os primeiros estudos sobre a temática da pronúncia. Nesse período teve conhecimento de uma obra do cientista alemão Hermann von Helmholtz, dedicada à natureza física dos sons e da voz. Bell obteve uma cópia do livro mas a sua leitura e compreensão viria a revelar-se difícil pela sua redacção em alemão e pela relação de equações e conceitos de física nele existentes. Porém, alguns desenhos presentes na obra levaram Bell a assumir que Helmholtz tinha conseguido enviar sons articulados (como vogais) através de fios e recorrendo à electricidade. Na verdade, o que Helmholtz estava a tentar fazer era sintetizar sons parecidos com a voz, utilizando aparelhos, e não transmitir sons à distância. No entanto, este engano despolotou em Bell o interesse sobre como enviar a voz à distância, com recurso a métodos eléctricos.

Em 1868, Graham Bell ingressou na Universidade de Londres como assistente do pai, assumindo o cargo a tempo inteiro quando Melville Bell viajava aos Estados Unidos para ministrar diversos cursos. Nessa época, com um ano de intervalo, os irmãos de Graham Bell morreram de tuberculose, doença igualmente diagnosticada em Melville Bell. Este facto levou-o a abandonar a carreira em Londres e a mudar-se com a família para a cidade de Brantford, na província canadense de Ontário, no Canadá, no ano de 1870. A “Casa Melville”, como era conhecida, é actualmente conservada como relíquia histórica sob a designação de “Solar dos Bell”.

Em 1871, Melville Bell recebeu um convite para treinar professores de uma escola para surdos em Boston, nos Estados Unidos. Porém, a recente doença levou-o a delegar essa honra no filho que viajou para Boston para ensinar o método de pronúncia desenvolvido pelo pai. A iniciativa foi um sucesso, materializado com a publicação de num novo Tratado sobre o assunto.

Em 1872, Alexander Graham Bell abriu uma escola para surdos em Boston e no ano seguinte tornou-se professor da Universidade de Boston. O trabalho desenvolvido deu-lhe reconhecimento e permitiu-lhe o contacto com pessoas influentes, com destaque para Thomas Sanders e Gardiner Greene Hubbard. Sanders era um importante comerciante de couro que morava em Salem, próximo de Boston, cujo filho tinha sido aluno de Bell. O menino mostrou progressos tão rápidos que Sanders, agradecido, convidou Bell a morar em sua casa. O segundo era um advogado e empresário de sucesso cuja filha tinha ficado surda aos 4 anos como consequência de uma escarlatina. A pedido de Greene Hubbard, Graham Bell treinou Mabell com bons resultados. Em 1875, Bell e Mabel ficaram noivos e viriam a casar-se no dia 11 Julho de 1877.

Entre 1872 e 1874, Graham Bell deu continuidade às suas pesquisas sobre a transmissão de sons através de electricidade e desenvolveu o “telégrafo harmónico”, influenciado pela obra de Hermann von Helmholtz. O aparelho estava sustentado na ideia que a transmissão de diferentes notas musicais poderia ser utilizada para enviar mensagens telegráficas simultaneamente pelo mesmo fio. O invento despertou interesse em Sanders e Hubbard que lhe reconheceram grande valor comercial. Hubbard Investigou, junto ao Escritório de Patentes de Washington, se alguém havia desenvolvido uma ideia análoga mas não foi encontrado qualquer registro. Porém, Graham Bell conseguiu a informação de que Elisha Gray, especialista em electricidade e um dos fundadores da empresa de telégrafos Western Electric Company, também estava a desenvolver um aparelho do mesmo tipo. Em Novembro de 1874, Bell escreveu a Hubbard e Sanders, dizendo-lhes: “É uma corrida pescoço a pescoço entre o Sr. Gray e eu próprio, para vermos quem completará um aparelho antes”.
Acompanhado por alguns esboços do seu invento, Bell solicitou o fabrico de alguns modelos experiementais do telégrafo harmónico a Charles Williams Jr., proprietário de uma importante empresa de Boston produtora de aparelhos eléctricos tais como dispositivos para telégrafos e campainhas eléctricas. Foi aí que Graham Bell conheceu Thomas Watson, um inventivo artífice e maquetista. Já com a colaboração de Watson, começaram a tentar desenvolver uma outra ideia de Bell, um aparelho capaz de transmitir fala por meio da electricidade. A ideia base de Bell era ligar um diapasão a um electroíman. A força da corrente induzida pelo electroíman dependia do tom do diapasão em vibração. Esta corrente poderia então percorrer um fio até um segundo electroíman e produzir num outro diapasão a mesma nota emitida pelo primeiro. Bell esperava que diversos diapasões em diferentes frequências pudessem ser usados para enviar mensagens diferentes ao mesmo tempo.

O sucesso chegou em Junho de 1875. Bell e Watson tinham substituído os diapasões por palhetas vibratórias. Na ocasião, uma das palhetas deixara de vibrar e Watson deu-lhe uma pequena pancada, produzindo um som que foi ouvido por Bell numa sala distante. No dia 14 de Fevereiro de 1876, depois de diversas experiências, Bell apresentou o pedido de registo de uma patente para o telefone no Serviço de Patentes de Estados Unidos, o que lhe daria o direito de ser a única pessoa a produzir e vender a sua invenção durante determinado tempo. No dia 7 de Março de 1876, o Escritório de Patentes dos Estados Unidos concedeu-lhe a patente número 174.465 que cobre "o método de, e o instrumento para, transmitir sons vocais ou outros telegraficamente, causando ondulações eléctricas, similares às vibrações do ar que acompanham o som vocal.", ou seja o Telefone. Nesse dia, Alexander Graham Bell foi reconhecido como o Inventor do Telefone.

A história refere, contudo, o dia 10 de Março de 1876 como a mais importante data na história do Telefone. As anotações no caderno de apontamentos de Bell descrevem com pormenor os acontecimentos desse dia. Bell e Watson preparavam-se para mais algumas experiências, numa hospedaria, em Boston. Watson estaria numa sala com o "instrumento receptor" e Bell numa outra com o "instrumento transmissor". Ao que parece, Bell entornou acidentalmente algum ácido e gritou para o transmissor:

"Senhor Watson, chegue aqui, preciso de si!"

Esta fase ficou célebre, se considerarmos o que Bell escreveu de seguida no seu caderno:

“Para a minha alegria, ele veio e declarou que ouvira e entendera o que eu dissera. Trocámos então de lugares. [...] A frase: 'Sr. Bell, entende o que estou a dizer? Compreende o que digo?', chegou-me de forma muito clara."

Pode dizer-se que Watson teve a honra de ser a primeira pessoa cujo nome foi proferido ao telefone, numa chamada de pedido de ajuda cuja frase se tornou histórica.

Ao longo da sua vida, Alexander Graham Bell alcançou 18 patentes concedidas em seu nome e 12 compartilhadas com os seus colaboradores. Em 1888 tornou-se o segundo presidente da National Geographic Society, da qual foi membrofundador.
Quando morreu na sua casa de Baddeck, no Canadá (na condição de cidadão dos EUA), todos os telefones dos Estados Unidos, em sinal de luto, foram silenciados por um minuto, numa última homenagem ao homem que havia dado ao mundo um dos mais eficientes meios de comunicação.

A verdadeira paternidade...

No dia 17 de Junho de 2002, o Congresso Americano reconheceu o italiano António Meucci como o "verdadeiro" inventor do telefone.

03 abril, 2009



TELEFONES DE ORIGEM FRANCESA


Eurlieult Type 10









SIT "Violon". O modelo SIT "Violon" baseou-se nas formas de um violino e assegurava a dupla função de aparelho telefónico e de objecto de decoração. O modelo da minha colecção data de Outubro de 1907 e foi produzido pela SIT - Société Industrielle des Téléphones.







Marty Modelo 1910 O Marty 1910 foi um dos primeiroa aparelhos telefónicos a ser produzido em série. Uma das suas versões mais populares é da A.O.I.P. - Association des Ouvriérs en Instruments de Précision. O Marty 1910, especialmente o modelo de parede, foi maioritariamente usado como telefone público (em cafés, organismos da administração francesa, entre tantos outros). A sua robustez e durabilidade prolongaram o seu ciclo de vida até meados dos anos de 1960. O modelo retratado nas fotografias data dos anos 1920.








Marty Modelo 1934 Modelo da A.O.I.P. - Association des Ouvriérs en Instruments de Précision, e data de Abril de 1939. Apresenta-se com um elegante combinado "Societé des Téléphones Picart Lebas", de 4 de Janeiro de 1934.






Campainhas Externas "Societé des Téléphones Picart Lebas" Sistema externo de campainhas.









Campainhas Externas "Le Matériel Téléphonique" Sistema de campainhas externas, datado de 1939.








PTT 24 Mobile No ano de 1922, a Administração Francesa lançou um concurso para a produção e instalação de um telefone nos seus organismos. O PTT24 Mobile foi aceite no ano de 1924 (daí a sua designação). O modelo da minha colecção data de 21 de Fevereiro de 1928 e foi fabricado pela Compagnie de Téléphones Thomson-Houston.






Modelo Ericsson. Societé des Téléphones Ericsson, dos anos 1930.






U43 Ivoiry No ano de 1943, a extensão francesa da Ericsson localizada em Paris (Société des Téléphones Ericsson) desenvolveu o telefone U43, baseado no modelo U31 daquela marca. Foi designado como U43, em que U significa universal e 43 o ano de início da sua comercailização.

Inicialmente, este modelo apresentava-se apenas na cor preta mas alguns anos mais tarde (início dos anos 1960), fruto das novas tendências do mercado, o modelo começou a ser produzido na cor marfim, originando uma versão tida como de luxo na altura (U43 Ivory Luxe Version).

O modelo retratado nas fotografias, da minha colecção particular, data de Abril de 1964, tendo como fabricante a A.O.I.P. - Association des Ouvriérs en Instrumentes de Précision.







Modelo U43 Magneto, datado de Abril de 1954.








Modelo CIT - "Frog Phone"






Modelo Ericsson de um telefone utilizado pelas operadoras nos anos 1950/60







TELEFONES DE ORIGEM E/OU FABRICANTES DESCONHECIDOS
Telefone Militar de Campanha





Modelo de Telefone oriundo do Japão. 1967










Os meus POSTAIS...também com TEMPO



3 comentários:

  1. Boa tarde,
    os meus parabéns pela sua colecção. É ainda jovem mas prometedora. Equaciona a venda de alguns modelos? Refiro-me particularmente aos telefones PTT 24 e Modelo 36.

    Os meus cumprimentos
    Rui Lopes

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  2. Muito interessante. É um pouco como viajar no tempo... talvez possa vir a ser uma colecção para exposição permanente.

    José Manuel Pinheiro

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  3. Belíssima colecção. É gratificante constatar que o passado continua a ser lembrado e tratado com respeito e carinho. Continue. É uma colecção ainda jovem, como decerto reconhecerá. Mas posso dizer-lhe, na qualidade de coleccionador dos mesmo aparelhos há já 30 anos, que dispõe de alguns belíssimos exemplares, alguns deles nada fáceis de arranjar nos dias de hoje, no estado de conservação em que os apresenta. Falo particularmente do Ericsson HA150 e dos telefones franceses (que glamour) Sit Violon e Eurielt Type 10. Não lhe posso mostrar a minha colecção por via da internet porque não disponho de qualquer página. E confesso que seria difícil até porque a minha colecção conta com 174 telefones. Despeço-me, feliz e com a certeza que a paixão por estes belos aparelhos continua bem viva.

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